A nossa relação com o mundo começa pela boca. Assim que nascemos, instintivamente procuramos alimento. "O mundo entra pela boca"! Com o leite materno, o bebé recebe o calor, o toque, o cheiro e o conforto. Através do acto de comer, sente a presença ou a falta de afecto. A partir daí, a fome nunca mais será só por falta de alimento.
Assim, ao longo da vida, as relações humanas continuarão permeadas pelos significados simbólicos que a comida assume na vida de cada um. Come-se para celebrar, come-se para confortar, come-se para preencher vazios emocionais...
De forma mais vincada, a relação com a comida é recusada ou negada na Anorexia, é voraz na Bulimia e de Amor e Ódio no Sobrepeso ou Obesidade.
Hoje sabe-se que os Transtornos Alimentares e a Obesidade não são estanques e que a RELAÇÃO COM A COMIDA não pode ser considerada mera CAUSA de problemas de saúde, mas um SINTOMA que revela as formas de interação da pessoa consigo mesma e com o mundo.
Através da Psicologia do Emagrecimento e Alimentar, tentamos procurar perceber como funciona esta RELAÇÃO COM A COMIDA que tem como consequência o desconforto físico e emocional, o sofrimento devido ao prejuízo social, e por vezes o constante efeito iô-iô, que provoca uma grande frustração e sentimentos depreciativos sobre si próprio e a relação de amor e ódio com a comida que se reflete na saúde física e emocional.
“Pensar no nosso peso como uma mensagem permite-nos ir além, ultrapassar conceitos pré-estabelecidos, compreender significados…O nosso peso não é apenas uma carga que carregamos, é um consequência dos nosso estilo de vida, do que somos, de como pensamos e agimos.” (Psicobela)
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